A inclusão social é um tema bastante debatido na sociedade, mas pouco praticado no país. Mas não no caso do Sindicato Rural, que tem promovido várias ações para que pessoas com necessidades especiais possam participar, dentro das suas limitações, de cursos e atividades promovidas pela entidade.
Na última semana de fevereiro, o curso de ‘Bordado Livre’ possibilitou a participação de Lívia Maria, 20 anos, diagnosticada com Autismo. Mesmo com o transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir, Lívia conseguiu acompanhar as 32 horas de curso e produziu lindas peças, sem muitas dificuldades.
A instrutora do Senar-MS, Arlete Delevatti Ferreira, ficou orgulhosa do trabalho feito em conjunto com a aluna, já que exigiu dedicação de ambas, “no Senar, nós fazemos um curso de especialização para trabalhar a inclusão. Foi muito gratificante ver a evolução da Lívia”, comentou ela.
Questionada sobre o bordado mais bonito, Lívia não hesitou em escolher o Tuiuiú, considerada a maior ave da planície pantaneira e símbolo do Pantanal, cujos detalhes foram bordados com riqueza de detalhes por ela, encantando toda a turma.
Além dos cursos, o Sindicato Rural também promove a inclusão social através Projeto Passo a Passo com o tratamento oferecido no Centro de Equoterapia Iná Cintra Cardoso, que já existe há mais de 2 anos e atende cerca de 40 praticantes.
Além de trabalhar o equilíbrio, o fortalecimento muscular e a coordenação motora dos praticantes, obtendo evolução física e psicológica, Centro ainda é um fator chave para a inclusão social dos pacientes, “eles interagem entre si e, dessa forma, conseguem se socializar com mais facilidade também fora do ambiente da equoterapia”, afirma a fisioterapeuta Bruna Félix Martins, coordenadora do projeto.