Sindicato Rural em parceria com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) realizou na tarde desta terça-feira (4), uma palestra ministrada pela médica veterinária Renata Teixeira, sobre a doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina) e gripe aviária (Influenza Aviária).
Segundo a palestrante Renata a iniciativa visou aproximar a classe produtora, representantes da indústria e outros setores ligados ao agronegócio do órgão fiscalizador, além de oferecer informações e orientações sobre o tema.
A reunião faz parte do trabalho de educação sanitária que tem por objetivo esclarecer aos produtores sobre a importância de estar atento ao problema que poderá ter um impacto econômico, na saúde pública, e também para o próprio produtor e prejudicar toda cadeia.
Durante a palestra foi explanado sobre como notificar, verificar os sinais clínicos dos animais para auxiliar na prevenção e contribuir com as notificações.
Segundo informou Renata, no Estado foi registrado casos de gripe aviária no ano passado, em aves de subsistência e silvestres, o que não alterou o status do Brasil de pais livre da doença. Segundo ela, a preocupação é que casos como esses podem atingir o setor de aves comerciais, o que justifica as orientações aos produtores.
Em relação Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como doença da vaca louca, não foi registrado nenhum caso, mantendo o país como área livre da doença.
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB)
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade degenerativa crônica que afeta o sistema nervoso central dos bovinos, sendo que na sua forma clássica é transmissível aos seres humanos por meio da ingestão da carne do animal acometido.
Trata-se de uma doença fatal que não possui tratamento e nem diagnóstico no animal vivo, podendo ser confirmada somente após a morte por meio da análise do material encefálico.
Em animais os sintomas podem ser: comportamento nervoso ou agressivo; depressão; hipersensibilidade ao som e ao toque, espasmos, tremores; postura anormal; falta de coordenação e dificuldade em se levantar da posição deitada; perda de peso ou diminuição da produção de leite.
Segundo informações da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, a enfermidade clássica ocorre pelo acúmulo de uma proteína infecciosa, denominada príon, decorrente da modificação de uma proteína normal presente no sistema nervoso dos bovinos, essa mutação está relacionada à ingestão de alimentos contaminados com o príon. Por esta razão, não é recomendado que o produtor forneça alimentos de origem animal para o rebanho, a exemplo de cama de frango, que é comum no município de Aparecida do Taboado.