A produção de soja é mais uma atividade que deve prosperar no município e fortalecer o agronegócio local. Se depender do Sindicato Rural, Aparecida do Taboado vai se tornar pólo produtivo do grão muito em breve, transformando-se na nova fronteira agrícola da soja no país.

  A entidade promoveu o Dia de Campo ‘Tour da Soja’ na última quinta-feira, dia 22, na fazenda Santo Anastácio, de propriedade de Ítalo e José Olavo Fucci. Pesquisadores da Fundação Chapadão estiveram no evento e afirmaram que Aparecida do Taboado demonstra alta capacidade para a produção da principal leguminosa de interesse industrial do mundo e que movimenta bilhões todo ano na economia do Brasil.

O pesquisador em fitotecnia pela Fundação, Jéfferson Luiz Anselmo, destacou que depois de 4 anos de experimentos em 40 cultivares de soja RR e IPRO no pivô e 13 no sequeiro na Fazenda Santo Anastácio, onde foram instalados os ensaios, ficou comprovado o potencial do município neste seguimento.

Há 2 anos fazendo um comparativo de produtividade in loco, Jéfferson garante a produtividade também no sequeiro, onde a maioria dos produtores estarão inseridos, “quando comparado com o irrigado temos um resultado altamente positivo. Nós enxergamos o sistema de irrigação como um seguro para veranicos ou épocas de estresse hídrico prolongado, onde ele vem como uma ferramenta que auxilia bastante para se manter a produtividade, mas a viabilidade nas duas formas é extremamente positiva no município”, afirmou.

A afinidade para a cultivo da soja surgiu das características de clima e qualidade do solo, mas Jéfferson fez questão de ressalvar que o produtor interessado deve procurar assistência técnica para entrar de maneira planejada no ramo, “isso é de fundamental importância. Fazer palhada, análise de solo e construir fertilidade de solo são premissas para se entrar neste processo e o produtor não deve descartá-las em hipótese alguma”, argumentou.

O evento foi realizado pelo Sindicato Rural em parceria com a Fundação Chapadão e Aprosoja, e reuniu técnicos e pesquisadores da cadeia produtiva, bem como vendedores de insumos, matérias e equipamentos agrícolas, universitários e professores da UFMS, agricultores e pecuaristas interessados em iniciar a atividade no município.