Sindicato Rural diz que produtores vão buscar apoio da Famasul para solucionar impasse no reajuste da Terra Nua

Sindicato Rural diz que produtores vão buscar apoio da Famasul para solucionar impasse no reajuste da Terra Nua

 

 

Diante de um impasse com o poder público municipal, o Sindicato Rural vai buscar o apoio da Famasul para garantir seus direitos diante da majoração do VTN (Valor da Terra Nua), divulgado pela Prefeitura Municipal no dia 3 de agosto.

Segundo o presidente da entidade, Eduardo Sanchez, a classe vem tentando um entendimento com o chefe do Executivo desde o início de julho, mas não obteve êxito. De acordo com o representante da classe produtora, a Prefeitura apresentou um aumento de 63,51% no valor médio da terra nua por hectare, cujo valor servirá de base para cálculo do ITR – Imposto Territorial Rural de 2018, causando a um grande impacto financeiro para o produtor, restringindo as oportunidades de negócio.

Considerado abusivo pelos produtores, o reajuste, segundo a Prefeitura, foi realizado com base em um levantamento técnico feito por um engenheiro agrônomo e cumpre a missão de ceifar a defasagem do imposto. Segundo secretário de Fazenda e Planejamento, Juner Cezar Pereira da Costa, o ITR é Receita da União, “o município obedece uma série de obrigações previstas no Convênio assinado com a Receita Federal, que garante o recolhimento do valor integral do ITR pelo município para posterior repartição. O mais importante não é a pauta e sim o grau de utilização da terra, que é o que determina o valor do imposto. É renúncia de Receita se a pauta não for compatível com a pauta de avaliação do INCRA, segundo orientação dada a todos os municípios do Estado pela Assomasul”, explicou ele em matéria veiculada pela Assessoria de Imprensa.

No entanto, Eduardo Sanchez garante que o tributo é integralmente destinado aos cofres públicos municipais, aumentando a receita do município, “a Prefeitura tem o poder de definir o VTN e de fiscalizar, enquanto que o tributo é pago para a Receita Federal até 30 de setembro e a mesma o repassa integralmente para a Prefeitura em outubro”, afirmou.

 

Reunião

Na manhã de segunda-feira (6), o Sindicato Rural reuniu 25 produtores no Gabinete do prefeito José Robson Samara, inclusive o presidente Eduardo Sanchez e o vice-presidente Ademar da Silva Junior, para discutir o índice de correção do valor, propondo que o aumento – já informado à Receita Federal pela Prefeitura – seja diluído em 5 anos de forma proporcional para possibilitar o devido pagamento, sendo 10% para o ano de 2018, totalizando o valor de R$ 3.802,62 para a terra nua de pastagem, chegando ao total de R$ 5.182,41 no ano de 2022. “É a forma que encontramos de não onerar o produtor, que é responsável por carregar esse país nas costas e já vem sofrendo em função da seca, da redução do preço da arroba do boi, da crise financeira que assola o país, da baixa dos valores das terras e de tantas outras demandas que vem restringindo as oportunidades de negócios. Esperamos que o prefeito tenha bom senso pelo menos nessa hora”, disse ele.

No entanto, na reunião, ficou acordado que o município informará a Secretaria da Receita Federal sobre a sugestão e aguardará a manifestação do órgão, o que poderá demandar tempo, coisa que o produtor já não tem mais, segundo Eduardo.

 

ITR

A DITR (Declaração do Imposto Territorial Rural) deve ser elaborada utilizando o Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2018 (Programa ITR2018), a ser disponibilizado à época própria no site da Receita Federal na internet. O período de apresentação tempestivo da DITR começa no dia 13 de agosto e encerra às 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 28 de setembro de 2018.

A comprovação da apresentação da DITR é feita por meio de recibo gravado após a sua transmissão, em disco rígido de computador ou em mídia removível que contenha a declaração transmitida, cuja impressão deve ser realizada pelo contribuinte mediante a utilização do programa ITR2018.

 

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