Para estimular a implantação de áreas florestais no município, que apresenta forte vocação para a indústria, o Sindicato Rural buscou, por meio do programa Mais Florestas, do Senar e da Famasul, oferecer assistência técnica e gerencial (ATeG) para auxiliar produtores rurais que estão investindo na cultura da seringueira.
O programa tem como principal objetivo estimular a implantação de áreas florestais como atividade de diversificação da renda e da produção e, por meio da ATeG, oferece consultoria técnica tanto na 1ª etapa, marcada pelo plantio e assistência fitossanitária, quanto durante o processo de produção (sangria), que é a última etapa.
Em Aparecida do Taboado, o programa chegou há 4 anos através dos esforços do presidente do Sindicato Rural, Eduardo Sanchez, que entendeu a necessidade que os produtores tinham nesse ramo de atividade. Atualmente, 27 propriedades rurais têm recebido assistência periódica.
O tecnólogo em heveicultura Ramiro Juliano da Silva, que atua em Aparecida do Taboado como instrutor do Senar, oferecendo assistência fitossanitária para 14 propriedades do município, explicou a importância da ATeG, “os seringais que recebem assistência técnica passam a produzir de forma diferenciada. A produção passa a ser de até 700g por árvore no mês. É um ganho e tanto para o produtor”, disse ele.
O técnico em agronegócio Fernando Martins Barbosa, que acompanha 13 produtores na fase da sangria, acrescentou que “sem orientação, o painel de sangria pode ser danificado, sofrer ataques de fungos e a seringueira corre o risco de parar de produzir a partir do 3º ano, o que é uma perca enorme para o investidor”.
Para receber a ATeG, o produtor deve procurar o Sindicato Rural, preencher uma ficha cadastral e aceitar os termos do contrato, que de início oferece assistência técnica durante 2 anos. No entanto, se os procedimentos forem sendo adotados à risca pelo produtor, o prazo pode se estender até 10 anos. Cada consultoria é de 4 horas na propriedade e elas acontecem da seguinte forma: na 1ª etapa são realizadas a cada 60 dias e na 2ª etapa, mensalmente.
A partir do próximo ano, o Senar pretende avançar nesse programa. Segundo Ramiro, os técnicos deverão se aprimorar em gerenciamento de propriedade o que refletirá positivamente nos resultados de produção do heveicultor.
Para o presidente Eduardo Sanchez, este programa representa a preocupação do Senar e da Famasul em fortalecer o agronegócio em MS. Ele fez questão de ressaltar que Aparecida do Taboado é o 2º maior produtor de látex do Estado (16,43%), com 1,8 milhão de árvores plantadas em 3,8 mil hectares, perdendo apenas para Cassilândia, que detém 67,2% de toda a produção estadual, com 7,4 milhões de árvores.
Ao todo, MS possui 11 milhões de árvores plantadas e 90% deverão estar produzindo até 2020.