Incentivar o cultivo da soja na região nordeste do estado é um dos principais objetivos da liderança rural de Aparecida do Taboado. É por isso que a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), em parceria com o Sindicato Rural do município, promoveu a 9ª etapa do Circuito Aprosoja 2017 nesta cidade na noite de quinta-feira (31 de agosto).
Aparecida do Taboado destaca-se na produção de cana-de-açúcar e eucalipto, e possui também produtores de seringueira e gado. No entanto, devido a seu grande potencial agrícola, pode consolidar-se, também, como produtor de grãos. É o que acredita o presidente do Sindicato Rural, Eduardo Antônio Sanchez.
Potencial
“Eu sempre falo que temos aqui o privilégio do acesso fácil à ferrovia, hidrovia e, ainda, a proximidade com o porto de Santos, o principal do país. Essa localização privilegiada aumenta nosso potencial porque nos beneficiam no escoamento da nossa produção. Não podemos cruzar os braços para esse enorme potencial”, afirmou o presidente.
Para ensinar o caminho para a implantação e desenvolvimento da cultura da soja na região, dois especialistas foram convidados, os engenheiros agrônomos João Pedro Cuthi Dias e Renato Roscoe.
Segredo do sucesso
Ao público, formado de produtores rurais, profissionais do agronegócio e estudantes, João Pedro falou da crescente demanda por alimentos no mundo e de como o Brasil pode se tornar o principal celeiro mundial, produzindo 10% de todo produto alimentício que será consumido ao redor do globo nas próximas décadas. Para isso, no entanto, é preciso prioritariamente recuperar pastagens.
Os métodos para que o solo da região de Aparecida do Taboado, predominantemente arenoso, seja preparado para o cultivo de alimentos foram detalhados pelo pesquisador Renato Roscoe com o tema “Como utilizar sistemas integrados para recuperar pastagens e melhorar a rentabilidade”.
O produtor de amendoin Heliton Souza, de 41 anos, deslocou-se de Paranaíba a Aparecida do Taboado para conferir as orientações dos especialistas. Engenheiro agrônomo por formação, neste ano ele também vai produzir soja em Paranaíba. Para isso, separou, pela primeira vez, uma área de 300 hectares. “Com o apoio da Fundação Chapadão, pesquisei as variedades de soja apropriadas pra região. Com isso, comprei todos os insumos necessários e quero fazer história na minha região”, compartilhou.
O município, assim como Aparecida do Taboado, não tem tradição na produção de soja, o que aumenta o desafio. “Estou fazendo um investimento com o pé no chão. Preparei o solo e fiz o dever de casa para começar a produção preparado”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Aprosoja/MS, Liana Feitosa.