Obrigatória desde junho de 2002, o índice de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos chega a 95% nas propriedades de Mato Grosso do Sul. A medida visa evitar que resíduos químicos retornem à natureza, assim como a reutilização inadequada do material. Preocupados com a Lei dos agrotóxicos e das punições previstas para quem comete crimes ambientais, o Sindicato Rural realizou na noite de terça-feira, dia 7, uma reunião para decidir o que os produtores aparecidenses podem fazer com as suas embalagens vazias.
O Presidente do Sindicato Rural, Eduardo Sanchez lembrou que a legislação federal que regulamentou a coleta e a destinação final das embalagens de agrotóxicos dividiu responsabilidades entre os elos da cadeia produtiva. Quem usa deve lavar a embalagem três vezes e devolvê-la em até um ano. Os distribuidores disponibilizam as unidades de recebimento e a indústria recolhe e processa o material devolvido.
O coordenador de operações locais do Inpev (Instituto Nacional de Processamentos de Embalagens Vazias de Agrotóxicos), Hamilton Rondon Flandoli, explicou aos presentes as medidas que podem ser tomadas em Aparecida do Taboado e região para o recolhimento e destinação das embalagens vazias de agrotóxicos. “Hoje o Brasil é referência na devolução de embalagens vazias de agrotóxicos, sendo que 94% de tudo que vai para o campo é devolvido, e os produtores de Aparecida do Taboado não podem ficar para trás”, ressaltou.
Ele também destacou os problemas que envolvem a devolução, recolhimento e fiscalização das embalagens e apresentou algumas soluções. “Apesar do avanço no recolhimento destas embalagens, uma pequena parcela dos produtores ainda não adota a prática, pois, encontra barreiras logísticas. Por este motivo, que proponho o recolhimento itinerante, pois, os pequenos agricultores não têm condições de uma vez por ano sair de sua propriedade e levar as embalagens até um dos postos de coleta”, falou o coordenador de operações locais do Inpev.
Participando da reunião o representante da revenda Coopercitrus da cidade de Jales, Leandro Augusto Camargo ofereceu uma solução para o problema na cidade. “Vamos entrar em contato com as outras revendas de defensivos agrícolas da região para realizar de duas a três vezes no ano um recolhimento itinerante, em um local pré-definido pelo Sindicato Rural. Vamos realizar outra reunião com os produtores aparecidenses e as revendas para decidir uma data, mas, a expectativa é que isso seja realizado até o começo de maio”.
José Eduardo Santana engenheiro agrônomo e proprietário da Agropecuária Replan, destacou que a reunião foi o ponta pé inicial para ajudar os produtores rurais a dar um destino adequado as embalagens de agrotóxicos. “Sabemos que Aparecida do Taboado tem um volume pequeno de embalagens, e as empresas não focam dessa devolução. A proposta apresentada está noite é para resolver o problema do pequeno, médio e grande produtor”.
Para o Produtor Rural, José Olavo Fucci o assunto é de extrema importância para todos os produtores rurais de Aparecida do Taboado, mas, infelizmente não ouve uma grande participação. “Hoje temos um problema grande em nosso município que é a devolução dessas embalagens, existe uma fiscalização a respeito e caso o proprietário não esteja dentro das normas vai receber uma multa que não é barata. O nosso objetivo era reunir todos os proprietários para oferecer uma solução, mesmo com poucos envolvidos conseguimos encontrar um caminho para o descarte dessas embalagens”.
“Essa foi uma reunião de extrema importância para o nosso Município, pois ajuda todos os produtores a se adequar a questão de devolver suas embalagens de agrotóxicos no local certo e não prejudicando o Meio Ambiente”, finalizou Eduardo.